sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Resposta ao Discurso pró-diversidade sexual

Comentário que fiz ao artigo "'Tratamento' é uma forma sim de se praticar homofobia, diz especialista" publicado no blog http://blogsdagazetaweb.com.br/diversidade/ de Nildo Correia.

 Não creio que o tratamento seja, em si, homofóbico. Até porque, os homossexuais que são tratados, não o são impositivamente. Aliás, não existe tratamento psicológico impositivo; de certo, não haveria resultado.

 Com o perdão da proposital redundância, mas, se alguns homossexuais procuram tratamento, não apenas fazem espontaneamente, como também fazem porque acham que algo está errado com a sua opção sexual.

Assim como um indivíduo é livre para escolher se relacionar sexualmente com pessoas do mesmo sexo, estes (os que buscam tratamento) também são livres para escolherem mudar o rumo de suas vidas, bem como escolher o método que lhe propiciará a mudança almejada. Dizer que "Os homossexuais que buscam ‘ajuda’ por serem solitários e infelizes, só são assim porque sofrem muito preconceito social e são excluídos" - conforme Maria Aparecida - é pretender colocar palavras nas bocas dos que buscam tratamento.

Há muito mais do que isso, motivos mais relevantes. É preciso ouvi-los antes de mensurar às escuras. Aplaudo os discursos de quem relativiza o "normal" construído socialmente; mas não o biologicamente. As condições de "homem" e "mulher" são determinadas naturalmente, sem precisar das construções das representações sociais para existirem. A determinação biológica dos sexos precede as opiniões; e a opinião construída posteriormente de modo algum tem poder de mudar o que já foi posto, estabelecido (naturalmente). Em outras palavras, as determinações naturais não podem ser subjetivadas, até porque pertencem a campos distintos, a saber: objetivo e subjetivo.