sábado, 31 de julho de 2010

Crítica à Razão ou Exaltação à Emoção?


Escrito em 13.07.2005.


Emoção: um incrível e único meio de se viver a vida. Razão: um incrível meio de se pensar a vida (Será?). Mas como pensar a vida sem um bom estado emocional? Seria por isso a dicotomia existente nas conclusões “do que seria a vida” entre um melancólico (Camões) e um expansivo (Manoel da Costa)? Seriam as conclusões racionais frutos de nosso estado emocional? Estaria assim a razão à mercê da emoção? Olhando nesta perspectiva o homem seria apenas emoção? É seguro o homem pensar o próprio homem? Em outras palavras, seria possível a razão pensar questões concernentes à humanidade? Mas o que é segurança? É capaz o homem de ser seguro? Pertence ao homem a segurança? Estariam errados os filósofos pré-socráticos até aos atuais? É confiável a psicologia? São confiáveis os descobrimentos freudianos da psicanálise? Estaria a humanidade, desta feita, vivendo sem meio e fim? Retrocederia o homem na história evolutiva da ciência, reconhecendo assim, a importância da Teologia? Seria a razão – ou a pura e simples tentativa de sê-lo – fruto da audácia humana de querer pensar e, conseqüentemente, decifrar a vida? Por ser audácia, seria pecado? Sendo assim, querer pensar a vida se constituiria pecado? Tendo a Teologia uma resposta sobre “o que é a vida”, não estaria assim pecando? Desta feita, não seria a Teologia fruto do pecado humano? Enfim, onde está e o que seria a razão? Criação humana? E você? Ainda tem certeza sobre a vida? Emocione-se, para logo após responder. Qualquer tentativa em querer responder tais perguntas, será, nada mais e nada menos, fruto de seus sentimentos. Portanto, Vive le setim‘etu!!!

Peço Perdão...


Esta poesia foi escrita quando do mais alto de minha subjetividade e introspecção... escrita alguns anos atrás... não sei precisar o tempo.


PEÇO PERDÃO...

Peço perdão à Deus, por nunca ter correspondido
ao seu imenso amor demonstrado na cruz.

Peço perdão aos meus pais, por nunca ter realizado
os sonhos que um dia vocês sonharam para mim.

Peço perdão aos meus amigos, por nunca ter alcançado
o nível que vocês esperavam de mim.

Peço perdão aos meus inimigos, por nunca tê-los
feito ver em mim um inimigo à altura.

Peço perdão ao meu corpo, por sempre tê-lo feito
alvo de minha discrepância intelectual.

Peço perdão à minha alma, por sempre tê-lo conduzido
ao obscurantismo de minha subjetividade.

Peço perdão a mim, por sempre
enganar meus próprios planos.

Peço perdão às minhas paixões não correspondidas,
por não ter sido capaz de fazê-las ver em mim alguém
capaz de realizar suas utopias.

Peço perdão à luz do dia, por nunca ter aprendido
o que sempre foi ensinado sob seu clarear.

Peço perdão à lua e às estrelas, por nunca ter
buscado inspiração em tamanha beleza.

Peço perdão ao amor, por nunca tê-lo decifrado
por mais que eu o sentisse.

Peço perdão à alegria, por não permitir que em
mim brilhasse no teor em que nasceu para brilhar.

Peço perdão à amizade, por ter-me envergonhado em
demonstrá-lo num abraço, aperto de mão,
carinho, sorriso e paciência.

Peço perdão à solidão, por nunca ter apreendido o seu
valor positivo e que sempre quis me ensinar.
Pelos mesmos motivos eu peço perdão à tristeza,
à amargura, à dor e ao sofrimento.


Peço perdão à verdadeira inteligência,
por sempre tê-la assassinado.

Peço perdão à morte, por não ter a devida coragem
em responder aos seus constantes convites.

Peço perdão aos leitores deste emaranhado de palavras,
por não ter sido capaz de tê-lo feito em prosa e verso.

Peço perdão...

Perdão...

Perdão...

Perdão...

Sobre a Língua


Este pequeno texto foi produzido para a confecção de folder's do acampamento da Jubal, quando da minha estada como presidente desta instituição.


Não erro ao dizer que a batalha mais duradoura do mundo é a batalha do crente. É uma batalha que começa quando adquirimos consciência e só termina no final de nossas vidas. Esta batalha a que me refiro é a batalha espiritual. É uma batalha onde o mero armamento humano não é suficiente, onde todas as estratégias oriundas da inteligência humana nada podem fazer. O apóstolo Paulo, na carta aos efésios capítulo 6 e versículo 11, nos dá a orientação da única estratégia capaz de vencer a batalha: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. Revestir-se da armadura de Deus, aqui está o cerne de nossa batalha. Costumo dizer que seguir uma vida de santificação é o mesmo que tentar se construir uma casa em meio às dificuldades; na chuva, com o cimento sendo espalhado pelo vento, a argila, a areia e a massa sendo arrastados pelas águas, os tijolos sendo destruídos por outros, enfim, já se imaginou construindo uma casa assim com tantas situações adversas?
O pior de tudo é saber que o diabo não apenas se utiliza de nossas fraquezas, como também – e porque não dizer principalmente – de nossas paixões, ou seja, daquilo que aparentemente não seja pecado, mas que se torna à medida que valoramos algo de tal forma que venha tomar a prioridade de nossas vidas, que só a Cristo deve pertencer. C. H. Spurgeon, em seu célebre livro intitulado Batalha espiritual, nos diz que a armadura de Deus “... é o sangue de Cristo e que este sangue é santidade.” Assim, vemos a grande importância de sermos santos, pois não apenas fomos lavados pelo sangue do Cordeiro, como também o carregamos conosco, sendo ele a marca de Cristo em nossas vidas e o que nos faz “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo”(Fp.2.15).
Mas, uma pergunta que não quer calar, o que a língua tem a ver com tudo isto? O próprio Jesus Cristo nos fala em Mt. 15.18 que “o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem”. Agora sim, podemos começar a entender a importância que a língua exerce no processo de santificação. Ela é um simples meio para se exteriorizar os nossos pensamentos e intenções.
E você? Como está utilizando sua língua? Que prioridade você está dando-a? Ela edifica mais do que danifica? Maldiz mais do que bendiz? O que há no seu coração?
Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano”(1Pe. 3.10). Eis aqui mais um desafio em meio a nossa batalha espiritual que nos fará pensar nestes quatro dias de acampamento.

Primeira Poesia para minha pequena Ari


Tu que emanas e transcendes as luzes das estrelas,
fez ascender em mim as chamas da paixão;
O amor outrora desconhecido, agora corre livre
nas veias de quem se deixa guiar pelos encantos da paixão.

Surgistes assim do nada, de um período longo e obscuro,
onde não havia luz, vida, esperança... tudo limitava-se a
um mórbido orgulho, de quem tudo pensava saber.

Assim aparece você, envolta em humildade, alegria e mansidão.
Fizeste-me ver que a vida não se restringe num simples e pobre
depositário do saber; fizeste-me ver que a vida pode ser um lindo
campo, que plantado por sementes de amor e regado pela paixão,
faz brotar da terra um tenro e pequeno fruto, que alimenta, completa
e revigora qualquer triste coração.

O amor surge da relação, da construção, da harmonia de pensamentos.
De corações desejosos de um mesmo objetivo.



Éder Lima
em 15 de Nov. de 2006

Poesia para Minha Ari (1 ano)


Este poesia foi feita para minha pequena Ari... quando de nosso 1º ano de namoro.

Sentimento assim...
Que nutre o peito, torna mais forte o desejo;
Que entra e constrói o seu reino.
Sentimento que alimenta, fazendo aumentar
a imaginação e a esperança, que em muita de suas
andanças descobriu dois corações perdidos, esperançosos
por um amor autêntico, altruísta, cheio de esperança,
que faz a diferença em quaisquer circunstâncias.

Sentimento orgulhoso, pois tudo ele pode;
Tudo ele opera, tudo ele move. Selvagem por natureza,
Mas belo como a destreza de um Condor, onde, no seu vôo,
há muito esplendor.
Faz sair a angústia, faz esquecer os problemas, faz curar a alma
Que muitas vezes se encontra abalada por esta vida e suas farpas.

Sentimento curador, que promove a libertação, mesmo que seja
Em meio à dor. Seus benefícios a nada se compara;
Tudo à sua vista parece pequeno, perto do seu bom veneno
Que adormece, estabiliza e restaura qualquer coração
Adoentado.

O Amor é assim...
“Sofredor, benigno, não-invejoso, não trata com leviandade,
não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os
seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não anda com a injustiça, mas sim com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê,
Mas, acima de tudo, TUDO ESPERA e TUDO SUPORTA”.

Sobre a Essência

Dizem que sem existência não há essência; mas a essência da existência tem consequências que põe em falência dos mais vis aos mais nobres corações em concupiscências.

Maleficências re-significadas e reificadas com a indecência e a imprudência de quem tudo adentra sem pedir licença, modificando, ambientando e fragilizando as mais fortes ideologias julgadas em imanência.

Constrói as divergências e romantiza o objetivo, tornando-o fruto de interpretações subjetivas e de olhares poucos esculpidos.

Uma essência que, no excesso ou na deficiência, gera a loucura, e a loucura a violência.

Sarcástica por natureza, a essência ufaniza-se na adolescência; enaltecendo uns, enlouquecendo alguns e ludibriando todos.

Segue seu destino, traçando bons ou maus caminhos, na unilateral trilha da vivência, interposta pela convivência, sem a qual não haveria a existência.