terça-feira, 25 de maio de 2010

Um Infeliz Reconhecimento


O reconhecimento de que minha capacidade intelectual é pequena foi-me chocante! É algo que ninguém gostaria de reconhecer. Todo Ser humano tem um pouco de orgulho dentro de si que o impede de reconhecer suas limitações. Ontem à noite, ao quebrantar-me diante de Deus, Ele me mostrou, diante dos meus olhos, que esta é a minha condição. É como se um outro Éder me fosse apresentado. É claro que sinto um certo medo de como será meu futuro, mas sei que Ele providenciará um trabalho que não exija de mim algo que não tenha capacidade de fazer (aquilo que normalmente qualquer um faria), até o dia em que Ele regressar ou me chamar. Será a Sua sustentação e cuidados com a minha vida. Reconheci também que minha inteligência emocional é inexistente. Isso explica a minha confusão mental ao ponto de não saber quem eu mesmo sou ou do que capaz eu sou de fazer – mas sei exatamente o que não posso fazer. Isso explica a minha falta de amigos – lembro-me de uma reportagem que li numa revista de grande circulação, onde mostrava que o grau de inteligência de uma pessoa é medida pela quantidade de amigos. Isso explica também o por que de tudo ser atrasado na minha vida – estou perto dos 30 e não tenho emprego, bem como não tenho perspectiva de vida – não consigo, sequer, passar em entrevistas de emprego!

Não me desespero quanto ao futuro, pelo menos acho que quanto ao que comer e o que vestir será providenciado por Deus. Mas por outro lado é uma pena por não poder dar uma vida melhor a minha Ari (que merece o melhor desta vida!). Às vezes sinto que estou iludindo-a. Preciso abrir seus olhos ao meu respeito. Não quero ter filhos por dois motivos: a. Não terei condições de dar o melhor a eles; b. Não quero que eles herdem a maldição de terem a inteligência do pai.

Passei todo este tempo achando que poderia ser mais do que sou. Foi um fracasso atrás do outro. Já tive vontade de me matar, mas não queria matar meu pai de tristeza. Já cheguei ao ponto de planejar minha morte logo após a partida de meu pai deste mundo – pois sua presença é que me sustentava a vida. Mas hoje não penso mais assim.

Tenho que louvar a Deus o que sou – devemos louvá-lo no pouco também! -, preciso aprender a amá-lo pela sua graça e não por outra coisa. Para Ele não importa o grau de inteligência das pessoas; isso não é condição sine qua non para a salvação. A Sua graça me basta. Pelo menos isto eu acho que posso aprender. Tenho que martelar isto na cabeça para ser feliz!

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