terça-feira, 25 de maio de 2010

Amálgama


Sou um amálgama de razão e emoção.
Ser social, Ser construído e moldado
Segundo os ditames culturais de minha época e local.
Filho do tempo; pós-moderno.
Ser previsível. Óbvio.

Ser pensante e ambulante, que na forma de andante
enche-se de forma, vida e preconceitos nas
experiências percorridas, transcorridas e sentidas
fazendo-me ver, mas não enxergar; enxergar, mas não ver;
ver, e não sentir; sentir e não ver;
pensar, e não concluir; concluir, mas sem pensar.

Assim, torno-me um ser inconstante,
que se gerencia pelo sentimento e pensamento constante,
e inconstante.
Que se guia pelo pensamento construído e fundamentado, banalizado,
revisionado, solapado, vaiado, ovacionado, que mescla-se com o orgulho...
um orgulho assassinado.

Simples mortal eu sou. Simples como folhas e flores
que surgem na beleza de seu esplendor, embelezando
a paisagem, instigando imaginações, inspirando canções,
mas que murcha e cai sem ser lembrado jamais.

Pobre homem eu sou. Rico homem eu sou.
O que antes tudo pensava saber, hoje envergonho-me do que sei.
Machucado pelas pedras, perfumado pelas rosas que atravessaram meu caminho,
hoje posso ver e sentir; enxergar e concluir, que a vida tem sim seus mistérios;
e que ao pobre, rico, mortal, constante e inconstante Ser cabe tão somente viver,
sem se deixar preceder de idéeas que abusam e massacram um tão simples e humilde viver.

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