sábado, 15 de outubro de 2011

Conselhos

"Se conselho fosse bom, ninguém daria de graça” - É assim que pensa o mundo. Na verdade aconselhar é algo de muita responsabilidade: você transfere ao outro a sua visão de mundo. Sabemos que por conta da nossa individualidade,temos uma visão de mundo própria. Essa visão de mundo nunca é completa,óbvio, porque não temos a onisciência de Deus. No entanto, quando aconselhamos, achamos que dizemos a coisa certa na hora certa.

Viver um problema e não saber o que fazer diante dele não significa necessariamente falta de sabedoria. Costumo dizer que a vida é como um jogo de futebol: “Quem tá jogando, tá sentindo a pressão, o clima, e as dificuldades do jogo. Mas quem tá do lado de fora, nas arquibancadas, está tranquilo, vendo as brechas e possíveis soluções para se ganhar o jogo”. E quando estamos passando por algum problema não é diferente, pois estamos sentindo a pressão, o clima, e as dificuldades do problema. Mas nosso(a) amigo(a) está apenas como espectador, vendo as brechas e as soluções. Por isso pedir conselho é algo muito importante e pode fazer toda a diferença.

O problema então passa a ser outro: a quem pedir conselhos? Em tese, o povo de Deus era pra ser o mais bem preparado do mundo para se dar conselhos. Afinal de contas, tem conhecimento a respeito de Deus, e conhece muito bem a Sua palavra. Mas não é isso que temos visto. Até porque ainda há um outro problema em cima desse: “muitos são chamados, mas poucos escolhidos”; "o joio cresce junto com o trigo”; e “nem todos que dizem Senhor, Senhor entrarão no
Reino de Deus”
. Ou seja: Nem todos que vão às igrejas são considerados filhos de Deus e por isso mesmo não podem ser considerados aptos a serem conselheiros. Mas ainda não para por aí, pode piorar: Cristo nos deu a dica para que conhecêssemos os bons conselheiros: “pelos frutos os conhecereis”. Mesmo assim nem todos são aptos a identificarem esses frutos (embora Ele nos cite um a um para não restar dúvidas: “... o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio” (Gal. 5. 22 e 23)). E Tem mais um problema. Aliás, dois: (1) O que pode ser amor ou bondade (por exemplo) para uns, não pode ser para outros; e (2) quando um verdadeiro filho de Deus se ira (IRA=FALTA DE AMOR), quer dizer então que ele não seja verdadeiramente filho de Deus?

É um problema atrás do outro. Uma verdadeira panaceia! Por isso mesmo que precisamos, mais do que nunca, pedir conselhos à fonte: A leitura da Bíblia, com a orientação do Espírito Santo (que não é um espírito incompetente, nem inerte, mas que age em nós e, embora seja invisível, é mais real do que tudo que os nossos olhos possam ver!).

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