sábado, 14 de fevereiro de 2015

O TUDO E O NADA




Vivo no controle de tudo e do nada.
O nada me controla, e o tudo também.
O nada abre seu leque para que eu veja,
e o tudo, interpreta o que contemplo.


Contemplo o tudo e o nada.
O nada me aparece com capa de tudo,
e o tudo, por vezes, não é nada,
um nada que significa tudo.


Tudo que contemplo não me ensina nada,
e o nada que entendo significa tudo,
um tudo que diz nada...
e um nada que diz tudo.


Não quero tudo, mas não me contento com o nada,
mesmo que o nada em nada sirva ao tudo,
o tudo pode servir ao nada,
e tudo porque o nada pode ser preenchido com o tudo.


Mas que tudo? Meu tudo? O seu tudo?
De quem é o tudo? Ninguém é dono do tudo,
e ninguém é dono do nada;
o meu nada pode ser dono do seu tudo,
e o seu tudo pode ser dono do meu nada.


Contudo, o tudo serve para nada,
e o nada serve para tudo...
E assim, o tudo e o nada servem para tudo e para nada.

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