segunda-feira, 8 de julho de 2019

Provai

"Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia!" (Sal 34.8)

Aqui temos uma tática de quem pretende divulgar um bom negócio. O ato de provar tem sido uma estratégia utilizada pela publicidade e marketing no intuito de convencer os possíveis clientes de que o produto e/ou serviço é necessário para o seu bem estar.

Os planos de Deus são perfeitos para quem nele crê e adota seus conselhos como norteadores para sua vida. Quem os adota jamais estará em estado de confusão, peso na consciência, irritabilidade excessiva, dentre outros males que não consigo elenca-los neste momento.

Quando se experimenta algo e vê o quão bom ele faz, improvável que não queira prová-lo novamente; tudo que faz bem é convidativo, nos faz feliz, desejamos até que faça parte de nossa rotina, se possível for; e quando se trata de relacionamento com o Senhor, uma boa notícia: isso é possível.

O mundo tem oferecido serviços e profissionais que nos levam a crer que se trata do mais imprescindível refúgio para nossa segurança (física, psicológica e financeira). Estamos a todo instante terceirizando nossa sensação de segurança que, aliás, é inversamente proporcional ao consumo de tais serviços, e diretamente proporcional ao aumento da insegurança pública  em que estamos mergulhados. É a tendência natural "Tomesiana" de se crer naquilo que vê.

No entanto, a convocação é para crer naquilo em que ainda não se vê. E mais, são chamados de bem-aventurados aqueles que assim praticam (Jo. 20.29). É sabido da dificuldade de assim agir em detrimento ao que se vê, afinal de contas, é sobrepor o sobrenatural ao natural. Mas essa é a verdadeira natureza da fé; embora seja algo presente na história da humanidade - e por isso mesmo deveria ser  tratada como natural -, sua essência não é.

O mundo sempre foi um lugar de insegurança, em todas as épocas e lugares. Alguns, por situação de guerras e catástrofes, mais que outros. Porém, é um sentimento que permeia a história da humanidade. Sempre haverá excesso de algum tipo de segurança em algumas áreas da vida em detrimento à falta em outras áreas. Este é o motivo, por exemplo, que leva muitas pessoas de condições financeiras excelentes, e ótimas condições de saúde física a cometerem suicídio. Sempre haverá algum vazio que o fará experimentar a sensação de insegurança e medo.

É sabido que o pecado afasta o homem de Deus. Perceba: não é Deus que se afasta, é o homem que, com seus delitos, se afasta de Deus (Is. 59. 1, 2). A natureza de Deus não é como a nossa, que nos faz afastar daqueles que nos ferem; Deus, embora dinâmico, permanece estático quando o ferimos, no mesmo lugar, sempre pronto a nos receber. É uma disposição emocional e racional antagônica à nossa - embora sejamos desafiados a viver da mesma maneira. É exatamente esse pecado que nos faz substituir o Deus vivo e real por qualquer insuficiente estratégia humana e palpável, e que, por consequência, inflaciona a sensação de insegurança e medo, levando a humanidade a uma fuga trágica de seus próprios sentimentos.

Por fim, pode-se observar a felicidade estampada, não apenas no rosto, mas no histórico de vida daqueles que se refugiam em Deus, o que torna esta assertiva mais verossímil. A sua bondade é inesgotável, e ter comunhão com alguém essencialmente bondoso é tempero para a vida.

Ah, e relembrando a boa notícia: é possível relacionar-se com Deus, basta procurá-lo com o coração contrito e interessado em abandonar as práticas detestáveis que os afastaram Dele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário