sábado, 6 de março de 2010

Ouvir ou não?


No meio evangélico, muito já se discutiu se o simples fato de ouvir música secular caracteriza-se como pecado ou não. Até pouco tempo atrás, não tinha uma opinião formada à respeito - até porque não estava disposto a me entreter sobre. Mas o fato é: ouvir ou não? A única opinião que carrego, diz respeito à experiência própria. Confesso a todos que não tenho nenhum referencial teórico sobre o assunto - muito embora, Ricardo Gondim, em seu livro intitulado É Proibido, pincele alguma coisa sobre o assunto.
Ouvir música secular, para mim, produz um efeito espiritual não muito bom. Não sei se é porque já está introjetado em mim a ideia de que "o que não é para Deus não voga" - fruto de meu ascetismo religioso -, ou se ela contém algum poder subliminar que afasta de mim o gosto pela oração e pela leitura bíblica. Conheço alguns irmãos na fé, e até mesmo pastores, que ouvem sem o menor peso na consciência. Para mim pesa, confesso. Por isso mesmo que decidi deixar, neste ano (2010), de ouvir tais músicas. Percebo que tomei uma atitude inteligente! Depois de uma autoanálise, percebi que não estava sendo bom para minha vida espiritual e, consequentemente, para as demais esferas de minha vida. Ariadini, minha noiva, disse-me que, quando ouvia, ficava com um comportamento mais agressivo, tornando-me mais impaciente. No passado, ainda adolescente, ficava com a auto-estima bem pra baixo. Não diria depressão, mas era quase isso.
Para substituí-los, enchi o cartão de memória do som de meu fusquinha só com canções evangélicas. Assim minha consciência não pesa e sinto-me em paz.
Há quem diga que isso seja fruto de minha ignorância. Mas quer saber? Que seja! O importante é que estou bem espiritualmente, e ouvir o que outros têm a dizer sobre minha suposta ignorância não irá me acrescentar, em nada, na vida espiritual.
É como se um ateu deixasse o ateísmo e se convertesse ao evangelho. Outros ateus iriam rechaçá-lo, mas seus argumentos não iriam trazer paz ao seu coração. É assim que me sinto hoje. Não quero uma fé tão intelectualizada ao ponto de haver espaço para o relativismo. Defendo, sim, que haja espaço para o entendimento, até porque Deus quer de nós um louvor completo (de mente e coração). Mas tal relativismo religioso, compara-se à lógica epicurista nos tempos de Aristóteles.

Pois bem, ouvir ou não ouvir? Prefiro não ouvir, nunca mais! Essa é minha experiência com a música secular!

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