segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Saúde Pública.


Hoje, por volta das 04h20, tive uma crise que suspeito ser labirintite. Estava dormindo tranquilamente quando, de repente, a vertigem começou. Levantei-me diversas vezes e corria ao banheiro, vomitar. Sensação horrível! Quase 07h00, meu pai me levou, de carro, ao Posto de Saúde Noélia Lessa. Lá chegando, não pude ser atendido por falta de água e médico. Corri, então, para o Hospital Geral do Estado (HGE) - perfazendo a peregrinação normal de todo cidadão brasileiro que não tem Plano de Saúde - e tive que esperar por quase duas horas para ser atendido. Pressão arterial, nível de glicemia, todos normais, graças a Deus. Passei mais 4 horas "tomando soro", até ser liberado.
Hoje parei para refletir sobre a Saúde Pública, especificamente em Alagoas. Falta de médicos nos postos de saúde; hospital superlotado, com pacientes espalhados pelos corredores, em condições desumanas - pesenciei, inclusive, um paciente cair da cama, por falta de cuidados, e espalhar sangue para todos os lados (precisou que um cidadão qualquer o levantasse, pois nenhum funcionário se dispôs ao trabalho) -; mal preparo dos servidores que tratam de qualquer maneira os que ali chegam; enfim, a "cara do Estado de Alagoas", hoje.
Não que esteja fazendo defesa do atual governador, mas, na minha modéstia opinião, acho que ele não tem tanta culpa assim - embora, paradoxalmente, reconheça que esse tipo de governo de "enxugamento da máquina", voltado para a Fazenda Pública, e que não sente de perto os "dramas" da sociedade, seja específico do PSDB. Lembro-me dos dias em que, em conversas com amigos, dizia incansavelmente que nunca sairia de Alagoas, que aqui era o melhor lugar para se viver. Mas hoje não carrego mais a mesma opinião, e digo com muito desprazer. Sei que o problema da saúde pública não é especificidade de Alagoas, não sou tão idiota assim (ou melhor, sou, mas ao menos não tem nada escrito na minha testa informando o segredo!). Mas o maior problema é que enxergo Alagoas e não encontro solução para ele. Basta dizer que 60% de sua verba seja proveniente do governo federal - precisa dizer mais alguma coisa? Acho até que os alagoanos deveriam deixar o orgulho e lado e clamar, em uníssono, voltar a ser do província de Pernambuco!
A saúde pública de Alagoas apenas serve de espelho para as demais secretarias da administração pública. Um verdadeiro caos! Acho que a única coisa que resta aos desfortunados nascidos em Alagoas é sentar "no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar...".

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